quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

PSDB, DEM E A BANDA DE MÚSICA DA UDN, TUDO A VER

                               
Graças à internet,  temos hoje em dia overdose de informação, e eu em particular overdose de tempo, tempo este  que tento ocupar me dedicando aos netos, pequenas caminhadas, ao noticiário na TV,  e ao “mundo conectado”. Sempre me considerei uma pessoa relativamente informada, e  muito inconformada. O problema é que esse inconformismo me leva a escrever, e  mesmo sabendo  que não é minha praia ainda assim prefiro me arriscar.
Hoje pela manhã, já no Bom Dia Brasil a notícia da invasão pela polícia da TV Cablevisión, na Argentina, Chico Pinheiro e Renata Vasconcellos, como bons âncoras que são, mas a serviço da  tendenciosa Globo, confundiram tudo, dizendo que era mais um ato de censura do governo de Cristina  Kirchner.
-É muita cara de pau!! Pela madrugada já tinha tomado conhecimento desta notícia. Sabia que o governo não tinha nada a ver com o problema. Que a invasão se deu em cumprimento a uma ordem judicial em resposta às denuncias feitas pela concorrente Supercanal. Como a Cablevisión é do grupo do Clarim, este aproveitou para jogar a culpa no governo, na tentativa de se passar como vítima perante a população. A Globo sabia a verdade,  mas, lá como aqui é tudo igual, não mudaria nada se lá Clarim se chamasse Globo e aqui Globo se chamasse Clarim.  Resolvi tirar a limpo algumas coisas, e fui atrás de Carlos Castelo Branco, este sim, fez por merecer o fardão da casa de Machado, em 20 minutos já estava abastecido de algumas preciosas informações que me abririam outras portas.
 Em 22/03/1967 Castelo publicou:” Depois que a banda passou
Brasília (Sucursal) — A atual legislatura, que realizou sua última sessão para votar a Lei de Imprensa, assistiu ao ocaso e à dispersão final de uma entidade política que, durante vinte anos — de 1946 a 1966 —, produziu acontecimentos dramáticos, denunciou e derrubou Presidentes da República e atingiu gravemente a reputação de líderes e organizações partidárias. Essa entidade era a banda de música da UDN, um côro de bacharéis que atuou anos seguidos como a Cassandra de um caos político, social e econômico, cujo espantalho está na base do regime instalado no País pelo movimento vitorioso em março de 1964. Essa a sua obra final, êsse o seu canto de cisne. Atingida a meta, o grupo dissolveu-se.
Sr. Carlos Lacerda, que foi na imprensa o porta-voz dêsse grupo antes de se tornar na Câmara o seu regente, terá sido, sem ser um bacharel, a expressão paroxística da banda de música”.
Não Satisfeito fui  atrás de Lacerda,  e o que achei  não vou relatar, é muito extenso, vou recomendar  que dêem uma chegada em  http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao31/materia04/     o Lacerda que encontrarão lá deve ser o indivíduo que serviu de inspiração para Merval Pereira, Mainardi , Ricardo Noblat  e outros que provavelmente freqüentam as páginas da Folha e do Estadão. Os  problemas do governo brasileiro com a grande imprensa não diferem muito dos problemas que o governo argentino tem com sua imprensa. Lá como aqui o papel de impressão é subsidiado, mas aqui o problema maior é o bolo das verbas distribuído para veiculação de informações e propagandas oficiais.  O fato é que a partir de 2005 essa verba foi pulverizada entre todos órgãos de imprensa e sites  que tivessem condições mínimas para veicular as ditas informações e propaganda oficial, tirando da grande imprensa a maior parte do bolo que fica agora apenas com a fatia a qual  tem direito. É claro que o aprendiz de Lacerda, Sr. Merval tem que espernear mesmo, fardão não dá  salário. Podem espernear à vontade,  para cada Lacerda que aparecer na grande imprensa, teremos  muitos Luiz Nassif, Mino Carta, PH Amorim para botá-los em seus devidos lugares como fez Samuel Wainer com Lacerda.
E quanto ao PSDB e DEM? Bem, estes embora tenham o mesmo caráter da UDN são vozes clamando no deserto.  O mundo é outro , com a internet a sociedade se tornou muito mais esclarecida, e ela  está aí para dar suporte à democracia, denunciar malfeitos e cobrar resultados  é o contraponto à imprensa a serviço do poder econômico.             


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