SE NÃO HOUVE SABOTAGEM, HOUVE O QUE?
Brizolista e nacionalista do último fio de cabelo, até a unha do dedão do pé, via com muita preocupação a onda de privatização no governo de FHC. Foi um período muito doido; nos dias de leilão a porrada comia na entrada da Bolsa de Valores na Praça XV – Rio de Janeiro. O aparato era incrível parecia 1X1, um policial para cada manifestante , é claro que estou exagerando, mas é para dar ênfase ao que aconteceu ali. Ao final, a frustração de ver mais um bem público entregue de mão beijada. Parece que de propósito o governo havia desistido de investir em recuperação de estradas, exatamente para privatizá-las por valores insignificantes. Tudo bem, não consigo ver uma estrada pedagiada gerida pelo estado; isto até no Japão, Noruega ou Suécia seria fonte de corrupção. Não está em questão se algumas empresas tem que ser pública ou privada, mas aquelas estratégicas como a mineradora Vale e a Petrobrás, deveriam ser públicas sim. Comecei a observar com preocupação o movimento para a privatização da Petrobrás, a Vale era favas contadas, eu já estava digerindo a derrota. O governo sabia que estava mexendo num vespeiro, mas estava confiante, graças à Globo e seu Caçador de Marajás, e a ajudinha extra até do PT, o nacionalismo de Brizola estava em baixa desde a derrota de 89. Vale aqui que a Globo utilizou uma tática antiga de guerra que deu resultado. Brizola, o inimigo nº 1 de Roberto Marinho, foi sangrado pela Globo, até que conseguiu deixá-lo fora do 2º turno. Roberto Marinho sabia que no "mano-a-mano" Collor não seria páreo para Brizola, aí tratou de tirar este do páreo. Era a esquerda brigando com a esquerda por cada milímetro de espaço. Quase os planos de Roberto Marinho foram por água abaixo, apesar do esforço e, Brizola não convenceu todos trabalhistas a votarem em Lula, que acabaram anulando o voto. Voltando à Petrobrás, era ela a última casamata da Linha Marginot, foi aí que comecei a notar algo muito estranho, começaram a pipocar aqui e acolá pequenos acidentes. Não havia uma semana que não houvessem notícias sobre acidentes com derramamento de óleo. Isto é sabotagem, ou sou paranóico. quando aconteceu o acidente com a P-36, eu pensei – não sou paranóico não, isto é sabotagem sim. Estão minando a empresa, para ganhar força junto à opinião pública. Só agora volto ao assunto graças à Privataria Tucana, confesso que estou chocado, foi muito pior do que esperava.
De 1975 a 1997, Em 22 anos foram somente 6 acidentes.
De 1997 a 2002, Em 5 anos apenas, pasmem, foram 36 acidentes.
Abaixo a linha do tempo dos acidentes da Petrobrás (o crédito é do site ambiente.brasil), culminando com o da P-36, cuja pericia concluiu que foi falha humana ai a coisa fica feia, estes dados consegui em menos de 10 minutos de pesquisa na internet, agora pasmem, por 4 horas, procurei por acidentes na era Lula e Dilma, encontrei um vazamento em 2003, o de 2011 é da Chevron, que merece ser expulsa do país:
• Outubro de 1983 - 3 milhões de litros de óleo vazam de um oleoduto da Petrobrás em Bertioga.
• Fevereiro de 1984 - 93 mortes e 2.500 desabrigados na explosão de um duto da Petrobrás na favela Vila Socó, Cubatão – SP.
• Agosto de 1984 - Gás vaza do poço submarino de Enchova (Petrobrás): 37 mortos e 19 feridos.
• Julho de 1992 - Vazamento de 10 mil litros de óleo em área de manacial do Rio Cubatão.
• Maio de 1994 - 2,7 milhões de litros de óleo poluem 18 praias do litoral norte paulista.
• 10 de março de 1997 - O rompimento de um duto da Petrobrás que liga a Refinaria de Duque de Caxias (RJ) ao terminal DSTE-Ilha D´Água provoca o vazamento de 2,8 milhões de óleo combustível em manguezais na Baía de Guanabara (RJ).
• 21 de julho de 1997 - Vazamento de FLO (produto usado para a limpeza ou selagem de equipamentos) no rio Cubatão (SP) - Petrobrás.
• 16 de agosto de 1997 - Vazamento de 2 mil litros de óleo combustível atinge cinco praias na Ilha do Governador (RJ) - Petrobrás.
• 13 de outubro de 1998 - Uma rachadura de cerca de um metro que liga a refinaria de São José dos Campos ao Terminal de Guararema, ambos em São Paulo, causa o vazamento de 1,5 milhões de litros de óleo combustível no rio Alambari. O duto estava há cinco anos sem manutenção. Petrobrás.
• 6 de agosto de 1999 - Vazamento de 3 mil litros de óleo no oleoduto da refinaria da Petrobrás que abastece a Manaus Energia (Reman) atinge o Igarapé do Cururu (AM) e Rio Negro. Danos ambientais ainda não recuperados.
• 24 de agosto de 1999 - Na Repar (Petrobrás ), na grande Curitiba houve um vazamento de 3 metros cúbicos de nafta de xisto, produto que possui benzeno. Durante três dias o odor praticamente impediu o trabalho na refinaria.
• 29 de agosto de 1999 - Menos de um mês depois, novo vazamento de óleo combustível na Reman, com a poluição de pelo menos mil metros. Pelo menos mil litros de óleo contaminaram o rio Negro (AM) - Petrobrás.
• Novembro de 1999 - Falha no campo de produção de petróleo em Carmópolis (SE) provoca o vazamento de óleo e água sanitária no rio Siriri (SE). A pesca no local ficou prejudicada após o acidente (Petrobrás).
• 18 de janeiro de 2000 - O rompimento de um duto da Petrobrás que liga a Refinaria Duque de Caxias ao terminal da Ilha d'Água provocou o vazamento de 1,3 milhão de óleo combustível na Baía de Guanabara. A mancha se espalhou por 40 quilômetros quadrados. Laudo da Coppe/UFRJ, divulgado em 30 de março, concluiu que o derrame de óleo foi causado por negligência da Petrobras, já que as especificações do projeto original do duto não foram cumpridas.
• 28 de janeiro de 2000 - Problemas em um duto da Petrobrás entre Cubatão e São Bernardo do Campo (SP), provocam o vazamento de 200 litros de óleo diluente. O vazamento foi contido na Serra do Mar antes que contaminasse os pontos de captação de água potável no rio Cubatão.
• 17 de fevereiro de 2000 - Transbordamento na refinaria de São José dos Campos (SP) - Petrobrás, provoca o vazamento de 500 litros de óleo no canal que separa a refinaria do rio Paraíba.
• 11 de março de 2000 - Cerca de 18 mil litros de óleo cru vazaram em Tramandaí, no litoral gaúcho, quando eram transferidos de um navio petroleiro para o Terminal Almirante Soares Dutra (Tedut), da Petrobras, na cidade. O acidente foi causado pelo rompimento de uma conexão de borracha do sistema de transferência de combustível e provocou mancha de cerca de três quilômetros na Praia de Jardim do Éden.
• 16 de março de 2000 - O navio Mafra, da Frota Nacional de Petróleo, derramou 7.250 litros de óleo no canal de São Sebastião, litoral Norte de São Paulo. O produto transbordou do tanque de reserva de resíduos oleosos, situado no lado esquerdo da popa. A Cetesb multou a Petrobras em R$ 92,7 mil.
• 26 de junho de 2000 - Nova mancha de óleo de um quilômetro de extensão apareceu próximo à Ilha d'Água, na Baía de Guanabara. Desta vez, 380 litros do combustível foram lançados ao mar pelo navio Cantagalo, que presta serviços à Petrobras. O despejo ocorreu numa manobra para deslastreamento da embarcação.
• 16 de julho de 2000 - Quatro milhões de litros de óleo foram despejados nos rios Barigüi e Iguaçu, no Paraná, por causa de uma ruptura da junta de expansão de uma tubulação da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar - Petrobrás). O acidente levou duas horas para ser detectado, tornando-se o maior desastre ambiental provocado pela Petrobras em 25 anos.
• Julho de 2000 - Fernandez Pinheiro - na região de Ponta Grossa : Um trêm da Companhia América Latina Logística - ALL, que carregava 60 mil litros de óleo diesel descarrilhou. Parte do combustivel queimou e o resto vazou em um córrego próximo ao local do acidente.
• Julho de 2000 - Fernandez Pinheiro - na região de Ponta Grossa (uma semana depois): Um trêm da Companhia América Latina Logística - ALL, que carregava 20 mil litros de óleo diesel e gasolina descarrilhou. Parte do combustível queimou e o resto vazou em área de preservação permanente. O Ibama multou a empresa em 1,5 milhão.
• 23 de setembro de 2000 - Morretes: Um trêm da Companhia América Latina Logística - ALL, com trinta vagões carregando açúcar e farelo de soja descarrilhou, deixando vazar quatro mil litros de combustível no córrego Caninana.
• Novembro de 2000 - 86 mil litros de óleo vazaram de um cargueiro da Petrobrás poluindo praias de São Sebastião e de Ilhabela – SP.
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• 16 de fevereiro de 2001 - Rompe mais um duto da Petrobrás, vazando 4.000 mil litros de óleo diesel no Córrego Caninana, afluente do Rio Nhundiaquara, um dos principais rios da região. Este vazamento trouxe grandes danos para os manguezais da região, além de contaminar toda a flora e fauna. O Ibama proibiu a pesca até o mês de março.
• 14 de abril de 2001 - Acidente com um caminhão da Petrobrás na BR-277 entre Curitiba - Paranaguá, ocasionou um vazamento de quase 30 mil litros de óleo nos Rios do Padre e Pintos.
• 15 de abril de 2001 - Vazamento de óleo do tipo MS 30, uma emulsão asfáltica, atingiu o Rio Passaúna, no município de Araucária, Região Metropolitana de Curitiba.
• 20 de maio de 2001 - Um trem da Ferrovia Novoeste descarrilou despejando 35 mil litros de óleo diesel em uma Área de Preservação Ambiental de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
• 30 de maio de 2001 - O rompimento de um duto da Petrobrás em Barueri em São Paulo, ocasionou o vazamento de 200 mil litros de óleo que se espalharam por três residências de luxo do Condomínio Tamboré 1 e atingiram as águas do Rio Tietê e do Córrego Cachoeirinha.
• 15 de junho de 2001 - A Construtora Galvão foi multada em R$ 98.000.00 pelo vazamento de GLP (Gás liquefeito de petróleo) de um duto da Petrobrás, no km 20 da Rodovia Castelo Branco, uma das principais estradas do Estado de São Paulo. O acidente foi ocasionado durante as obras da empresa que é contratada pelo governo do Estado, e teve multa aplicada pela Cetesb - Companhia Estadual de Tecnologia de Saneamento Ambiental.
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• 15 de agosto de 2001 - Vazamento de 715 litros de petróleo do navio Princess Marino na Baía de Ilha de Grande, Angra dos Reis - Rio de Janeiro.
• 20 de setembro de 2001 - Vazamento de gás natural da Estação Pitanga da Petrobras a 46 km de Salvador-Bahia atingiu uma áre de 150 metros em um manguezal .
• 05 de outubro de 2001 - O navio que descarregava petróleo na monobóia da empresa, a 8 km da costa, acabou deixando vazar 150 litros de óleo em São Francisco do Sul, no litoral norte de Santa Catarina.
• 18 de outubro de 2001 - O navio petroleiro Norma que carregava nafta, da frota da Transpetro - subsidiário da Petrobras, chocou-se em uma pedra na baía de Paranaguá, litoral paranaense, vazando 392 mil litros do produto atingindo uma área de 3 mil metros quadrados. O acidente culminou na morte de um mergulhador, Nereu Gouveia, de 57 anos, que efetuou um mergulho para avaliar as condições do casco perfurado.
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• 13 de maio de 2002 - O navio Brotas da Transpetro, subsidiária de transportes da Petrobras, derramou cerca de 16 mil litros de petròleo leve (do tipo nigeriano), na baía de Ilha Grande, na região de Angra dos Reis, litoral sul do Rio de Janeiro. O vazamento foi provocado provavelmente por corrosão no casco do navio, que estava ancorado armazenando um tipo de petróleo leve, de fácil evaporação.
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• 14 de junho de 2002 - Vazamento de óleo diesel num tanque operado pela Shell no bairro Rancho Grande de Itu, no interior paulista, cerca de oito mil litros de óleo vazaram do tanque, contaminando o lençol freático, que acabou atingindo um manancial da cidade.
• 25 de junho de 2002 - Um tanque de óleo se rompeu no pátio da empresa Ingrax, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (PR), deixando vazar 15 mil litros da substância. O óleo que vazou é o extrato neutro pesado, um derivado do petróleo altamente tóxico, que atingiu o Rio Atuba, próximo ao local, através da tubulação de esgoto.
• 10 de agosto de 2002 - Três mil litros de petróleo vazaram de um navio de bandeira grega em São Sebastião, no litoral norte paulista, no início da tarde de sábado. Um problema no equipamento de carregamento de óleo teria causado o despejo do produto.
13/10/2002 - 19h49
Navio-plataforma P-34 estaria afundando; Petrobras não confirma
da Folha Online
O navio-plataforma P-34 da Petrobras, que funciona na Bacia de Campos (RJ), sofreu uma pane elétrica na por volta das 15h30 de hoje e estaria afundando.
Segundo o Sindpetro (sindicato que representa os petroleiros) a inclinação na P-34 já seria de 45 graus. A inclinação teria sido provocada pois, com a interrupção de energia, as bombas de lastro que são responsáveis pelo equilíbrio da plataforma pararam de funcionar.
A Petrobras diz que houve o incidente, mas não confirma que a plataforma corra o risco de afundar. A empresa diz ainda que todos os funcionários foram retirados e levados para plataformas vizinhas.
De acordo com Armando Freitas, diretor do Sindpetro, a P-34 já teria tombado e não estaria em condições de ser recuperada.
A P-34 é chamada de navio-plataforma porque não é fixa e além de produzir e processar o petróleo ela pode armazená-lo.
Segundo Freitas, o risco de vazamento é grande. A plataforma produz cerca de 34 mil barris de petróleo por dia. A produção no campo integrado Barracuda-Caratingam, em Campos, foi paralisada.
Essa não é a primeira vez que a P-34 tem uma pane elétrica, segundo o Sindpetro. No último dia 29 de maio, os trabalhadores também tiveram que deixar a plataforma pelo mesmo motivo. Na ocasião, não houve maiores problemas.
Um ano depois
O novo acidente acontece pouco mais de um ano depois de outras duas plataformas terem apresentado problemas.
Em 15 de março de 2001 a plataforma P-36 explodiu e matou 11 petroleiros que trabalhavam no local. A plataforma afundou por completo cinco dias depois do acidente e foram gastos US$ 100 milhões na tentativa de salvamento da P-36.
Em decorrência do acidente, foram derramados no mar 1,5 milhão de litros de óleo combustível armazenados na plataforma. A P-36, orçada em US$ 500 milhões, era considerada a maior plataforma do mundo e foi construída para operar a 1.360 metros de profundidade.
No mês seguinte, outra plataforma, a P-7, lançou 26 mil litros de óleo cru em Campo Bicudo, poluindo a Bacia de Campos.
A imagem da empresa convive com abalos. Em janeiro de 2000, a Baía de Guanabara foi tomada por uma mancha negra de 40 km¦. Quase 1,5 milhão de litros de óleo vazaram da refinaria Duque de Caxias. Sete meses depois, 4 milhões de litros de óleo poluíram o Rio Iguaçu, o principal do Paraná.
11 / 06 / 2003 MCETESBE multa PETROBRAS por vazamento de óleo em São Sebastião SEBASTIÃO/SP
clipping
A Cetesb – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental multou a Transpetro, subsidiária da Petrobras, em 30 mil UFESPs (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo), pelo derramamento de óleo do navio Nordic Marita, ocorrido no último dia 3, no píer sul do Tebar – Terminal Marítimo Almirante Barroso, instalado em São Sebastião.
O valor da multa, de R$ 344.700,00, foi estipulado após estimativas do dano ambiental ocorrido, já que o petróleo atingiu praias e costões rochosos na região, e pela empresa ter sido reincidente neste tipo de acidente.
No dia 14 de agosto de 2002, houve o vazamento de 2 mil litros de óleo no mar, também decorrentes de problemas na conexão de um dos braços de descarga entre a embarcação e o mesmo terminal marítimo da Petrobras.
De acordo com informações da Petrobras, foram recolhidos do mar aproximadamente 15,9 mil litros de óleo. As equipes da Cetesb estão fazendo uma avaliação do acidente, para poder checar a quantidade do produto vazado e os possíveis danos ambientais causados à população de organismos marinhos presentes nos costões e nas praias, e nas culturas de mexilhões, cuja principal fazenda de cultivo está instalada na praia da Cocanha, em Ubatuba.
(Informações Cetesb)
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