domingo, 22 de janeiro de 2012

REINTEGRAÇÃO DO PINHEIRINHO, MAIS UM ESPETÁCULO DE DOR E SOFRIMENTO

  
Deu no Fantástico como já era  esperado, e mais uma versão do fato foi criada. A Globo  tenta passar para o telespectador   “que é o que não foi”,  mostra   um amontoado de não mais que dez barracos informando que ali funcionava uma distribuição de drogas, e talvez com isto justificando a reintegração de posse pela justiça  de São Paulo do Bairro Pinheirinho, em São José dos Campos.  Acontece que ali naqueles dez barracos não viviam as mais de três mil famílias que foram desalojadas do Pinheirinho.  Esta ação já era esperada, tentativas na justiça eram feitas para que a mesma não ocorresse,  para dar tempo às  negociações na busca de uma solução.  Desde alguns dias, aqui no meu cantinho acompanhava pelo twitter o desenrolar das ações, na minha visão e torcida, era para que o poder público adquirisse essa terra, cadastrasse as famílias que ali viviam, o que acho que já havia sido feito,  e aproveitando o intercambio entre governos Federal e Estadual pelo programa  “Minha Casa Minha Vida”, construíssem  as casas para serem distribuídas entre as famílias  cadastradas.  Mais uma vez a negociação deu lugar ao “Prendo e Arrebento”, executado pela PM de São Paulo que entrando  com o aparato,  de 3 batalhões, 2 mil homens, 2 helicópteros, 220 viaturas, 40 cães e 100 cavalos ...desde a madrugada de domingo passou a colocar na rua todas aquelas famílias. Agora a área está limpa, mais um rico espaço à disposição da especulação imobiliária, mais uma “limpeza social” do governo Alckmin,  isto tudo  a custa de muita dor e sofrimento . Estas pessoas continuarão tocando suas vidas, no entanto não se pode mais exigir delas fé na justiça, e terão o tempo que precisam para refletir, e aí sem o gás pimenta e as balas de borracha, numa tranqüila cabine, decidirão o futuro daqueles que tanto mal lhes causaram.  Provavelmente nem esta reflexão seja necessária, por  boa parte destes moradores já pertencerem a movimentos sociais, e terem a perfeita  consciência de a quem dar seus votos.  Aqui na minha distante  São José, só que do Calçado, também fico a refletir, talvez seja esta mesma consciência que levou os executores ao ódio, o grande motivador da desocupação. Violência sem ódio? Bem, até pode ser, já que para alguns existe até “estupro consentido.”
Que o eleitor fique atento às doações para as campanhas eleitorais que se aproximam, qualquer doação de empresas construtoras que assumirem obras nesta área e também onde funcionava a cracolândia, não será mera coincidência.
Emblemático foi o incêndio numa van de uma associada da Rede Globo, a TV Vanguarda, talvez o incidente mais grave ocorrido na ação. Porque logo uma associada da Rede Globo? 
Fco.R.Neto


quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

FLAMENGO , SORVETE E AÇOUGUE


O que podemos falar sobre o Flamengo e o BMG, patrocinador? No início da semana passada toda imprensa anunciou que o Flamengo havia procurado o BMG para ajudá-lo na contratação em definitivo de Thiago Neves. O assunto Thiago Neves tomou conta de toda imprensa e internet todos esses dias. O BMG não perdeu a "carona", ou melhor, faturou todas as possibilidades que apareceram. Durante aproximadamente 8 dias de intensa visibilidade, usou e abusou do nome do jogador e do clube. Muito bom, nestes tempos de férias, não se vê o BMG nas mangas do mais querido, não podiam perder a chance. Agora a minha pergunta; quando um prefeito do Rio de Janeiro, (botafoguense, por sinal), entrou num açougue e pediu um sorvete, por acaso o açougueiro disse-lhe que ia estudar as possibilidades? Claro que não, tanto o prefeito quanto o açougueiro sabiam muito bem que sorvetes não o vendidos em açougue, não é o perfil dele. Pois bem, tanto o Flamengo, quanto o BMG sabiam de antemão que o perfil do banco não é investir altas somas em contratar jogadores. Tanto o Flamengo, quanto o BMG sabiam que sorvetes não são vendidos em açougue. Tanto o Flamengo, quanto o BMG enganaram. O Flamengo perde o Thiago Neves, BMG perde alguns aposentados como eu que a ele recorriam nas necessidades quando precisava de um empréstimo consignado, este sim o verdadeiro perfil do BMG. Quanto ao Flamengo, nem bem as negociações terminaram, pelo menos é isso que nos passam, Thiago Neves não aparece mais no site como fazendo parte do elenco. Será por quê? Thiago Neves vou continuar admirando em qualquer clube para onde for, ele foi digno e respeitoso com a torcida do Mengão. Quanto ao Flamengo, bom, é doença incurável, com ele eu entendo o papel de mulher de malandro, é paixão de alto risco. 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

"A PRIVATARIA TUCANA" e A Constituição de 1988


..A liberdade de expressão e informação compreende a faculdade de expressar livremente idéias, pensamentos e opiniões, bem como o direito de comunicar e receber informações verdadeiras sobre fatos, sem impedimentos nem discriminações...
*Constituição Federal de 1988
Bem,  como pessoa simples que sou, sem formação universitária , muitas vezes  até com dificuldades para entender textos mais rebuscados, fico apreensivo  ao tentar voos mais altos correndo o risco  de cair no abismo do ridículo. No caso, me  refiro ao artigo acima da constituição que trata da lei de imprensa. Para chegar onde pretendo, volto até aos anos 80, quando a Globo veiculava um anuncio com o objetivo de vender assinaturas do jornal O Globo. Era um anuncio muito bem produzido, também pudera, não seria  para uma agência de "fundo de quintal" que entregariam tamanha responsabilidade, durante alguns segundos a bela profissional discorria sobre o caráter das notícias veiculadas e de que forma eram vistas pelos leitores, a única palavra sobre as notícias que eu me lembro, ainda é a palavra que eu considerava a verdade sobre todas,  tendencioooosa!!   
Nunca   esqueci  isto, numa época que a internet não era o que é hoje,  engolia em seco toda vez que uma notícia tentava com estardalhaço atingir pessoas, partidos ou o governo contrário a linha editorial do jornal, sempre havia uma rádio atenta e que acabava restabelecendo a verdade, ou pelo menos nos dava a oportunidade de também ouvir o outro lado. A internet cresceu, e jornalistas passaram a denunciar fatos escabrosos que aconteciam nas redações. Leitores como eu, passaram a  não mais renovar suas assinaturas e  novos caminhos nos levavam à internet, que já contava com profissionais do quilate de um Mino Carta, Luiz Nassif, Paulo Henrique Amorim e outros excelentes profissionais. Mesmo ainda com uma coluna no O Globo, conseguia  ler  Tereza Cruvinel em seu blog, e com ela interagir, postando comentários e deles recebendo respostas. Ela devia incomodar muito aos globais pela sua isenção, mas para não promover meus preferidos a "Deuses do Olimpo", quero dizer que leio o Josias da Folha, o Noblat e até o Merval Pereira, quanto ao Mainard não, é o "caviar do pagodinho" só ouço falar. Sabemos que  a  imprensa no mundo inteiro  anda incomodada com o que é veiculado em milhares e milhares de sites e blogs deste  mundão de Deus. Não só a imprensa anda incomodada, tanto quanto a imprensa são governos autoritários que tem tentado sem muito sucesso  conter a avalanche de informações que caem nas redes. Medidas reacionárias tem sido tomadas, agora mesmo, fomos surpreendidos pela aprovação de uma lei na Espanha que proibe o download.  Provavelmente  vão revogar também a "lei da gravidade", pois tamanho   absurdo nos remetem aos tempos do General Franco.
Isto é que dá não saber escrever, divaguei, divaguei e não falei sobre  a lei de imprensa.  Precisa? quantas falácias contidas nas informações sobre economia e política.  Se uma notícia é tendenciosa, não é sempre a versão prevalecendo sobre o fato? me lembro que meu avô um dia descobriu um malfeito meu,  depois da minha versão ele  perguntou se eu estava falando a verdade por inteiro. Perguntei-lhe porque a verdade por inteiro, ele me respondeu que pior que uma mentira é uma meia verdade, pois uma meia verdade não passa de uma mentira camuflada. Posso estar escrevendo uma grande besteira, mas isto me ajudou a vida inteira a refletir um pouco antes de dizer alguma coisa.
Por isso, acredito que os órgãos de comunicação ferem a constituição quando deixamos de:  "receber informações verdadeiras sobre fatos..."
Também ferem a constituição quando  sonegam  informações como no livro do Amaury Ribeiro "A PRIVATARIA TUCANA":    sem impedimentos nem discriminações...         
Tá certo que "enchi linguiça pra vender meu peixe",  infelizmente , sem querer parafrasear o ministro de FHC, mas  parafraseando, "Cheguei  no limite de meus conhecimentos" e também no limite do uso de  aspas. Já passa das quatro da manhã, bom dia para todos.


PORQUE AINDA TE CALAS?

Parece que finalmente a grande imprensa descobriu o livro de Amaury Ribeiro Jr.
Quando a Veja publica supostos malfeitos de um ministro, já no domingo a denuncia toma conta do Fantástico. No dia seguinte os Jornais O Globo, Folha de São Paulo e Estadão dedicam manchetes na primeira página e longos textos sangrando-o  sem dó nem piedade.   Um exemplo é o caso do ex-ministro dos esportes, Orlando Silva cuja acusação, de concreto só tem a palavra de um PM, indiciado por desvio de verbas de sua ONG. Não estou falando de culpa ou inocência, estou falando de provas. No caso do ministro dos esportes, onde estão as provas do dinheiro recebido na garagem?
 Quanto a “A PRIVATARIA TUCANA" não, estão ali cópias das certidões que o próprio editor, o Emediato, fez questão de informar  que foi pessoalmente atrás das originais nos cartórios. É como já disseram, "chega a incomodar o ensurdecedor silêncio da grande imprensa".
Sem dúvidas já foram longe demais, não bastassem todas reportagens tendenciosas, contabilizamos ainda a tentativa de invasão dos aposentos do ex ministro José Dirceu num hotel em Brasilia, tudo isso provavelmente deixaria Rupert Murdoch ruborizado. Para nunca esquecermos, reproduzo o início do “atualíssimo” texto escrito em 2005 por Thiago Domenici  para o blog Fazendo Media:  
"Foi numa segunda-feira, 28 de março de 1994, que a mídia iniciou uma série de erros e mentiras na falta de conduta ética e jornalística mais clássica da década de 90. O caso da Escola de Educação Infantil Base, referência negativa para o meio jornalístico, fatídico para os envolvidos foi o episódio negro do que se convencionou chamar de jornalismo sensacionalista. Algo que 11 anos depois faz raciocinar as amarras e relações éticas da mídia, do compromisso com a verdade e não com a vendagem, de como uma mentira pública pode destruir a integridade de seres humanos e da promíscua relação com a fonte oficial. Se a idéia era chocar a opinião pública, conseguiu, mas atirou no próprio pé e prejudicou muita gente."

Finalmente falaram:
Abaixo o Texto publicado na edição de 04/01/2012 no jornal Valor Econômico  
 Artigo de 
 Cristiane Prestes  (Com a colaboração de Cristiane Agostine)
Publicado no Jornal Valor Econômico de 04/01/2012
"Livro ameaça reabrir CPI inconclusa
Não há, na história da República, um escândalo financeiro tão longevo e de tantas ramificações quando o caso Banestado. Alvo de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso Nacional em 2003 e de uma força-tarefa formada por 40 procuradores, delegados, agentes e peritos do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, a descoberta de um esquema ilegal de uso das contas CC5 - criadas pelo Banco Central para permitir transferências legais para o exterior - no banco do Estado do Paraná foi a precursora de uma série de outras investigações - muitas delas ainda em curso nos gabinetes de procuradores, delegados e juízes.
Um pedido de CPI protocolado junto à mesa diretora da Câmara dos Deputados levantou as expectativas de que uma parte do caso Banestado, até agora mantida em segredo nos arquivos do Congresso, volte à tona. O deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) conseguiu em dezembro 206 assinaturas para pedir a abertura de uma nova CPI, desta vez para investigar as privatizações promovidas durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP).
Ao receber o pedido de abertura da CPI, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), não foi conclusivo sobre as perspectivas de sua instalação.
O pedido foi motivado pelas revelações do livro "A Privataria Tucana", lançado pelo jornalista Amaury Ribeiro Júnior. Nele, o autor regressa à época das privatizações e relata os passos - e a movimentação das contas bancárias - de personagens importantes do contexto político e econômico nacional, muitos deles ligados ao ex-governador José Serra (PSDB-SP).
Apesar de muitos governistas terem assinado o pedido de CPI, ainda não se conhece o interesse do governo e do PT na instalação efetiva desta investigação. O desinteresse de ambos na abertura de uma investigação poderia ser explicado pela informação que consta da página 75 do livro: "Os arquivos ocultavam informações capazes de constranger tanto o governo Lula quanto o de FHC".
A devassa no Banestado partiu de uma denúncia feita contra um dos gerentes do banco, que havia enviado dinheiro ao exterior ilegalmente por meio das CC5 e, em depoimento, relatou o esquema montado na instituição. De uma forma inédita na história do país, foram abertas duas frentes de investigação.
De um lado, a CPI do Banestado foi instalada em 2003 para apurar a evasão de divisas por meio do banco estatal. De outro, uma força-tarefa do Ministério Público Federal e da Polícia Federal foi montada no Paraná no mesmo ano para abrir inquéritos e investigar os clientes do banco que haviam incorrido no crime.
A força-tarefa resultou em inúmeras operações da PF para investigar o uso do câmbio ilegal no Brasil e acabou varrendo diversos doleiros do mercado. Resultam dela as mais importantes operações da PF já realizadas - como Farol da Colina, Suíça, Kaspar I e II e Satiagraha. O conjunto de ações integradas entre a PF e a MP foi encerrado em setembro de 2007 após ter denunciado 684 pessoas, obtido 97 condenações, investigado mais de 1.170 contas bancárias no exterior e bloqueado R$ 380 milhões no Brasil e R$ 34,7 milhões fora do país. Após seu término, os inquéritos ainda em andamento foram remetidos para procuradores em diversos Estados e geraram novas investigações.
A CPI do Banestado foi encerrada em 27 de dezembro de 2004 sem a aprovação de seu relatório final. Na época, os partidos fizeram um acordo para encerrar as investigações, após a comissão ter recebido dos Estados Unidos um lote de documentos sobre a movimentação de brasileiros em contas bancárias abertas no MTB Bank, outro escritório de lavagem de dinheiro americano. Segundo Ribeiro Júnior, a revelação dos dados do MTB foi determinante para que fosse desencadeada a "operação abafa" na CPI.
O livro, no entanto, não se dedica às razões por que o PT resolveu colaborar para sepultar a CPI. Seu foco é na tese de que a era das privatizações - inaugurada durante o governo Collor e ampliada e intensificada no governo FHC - patrocinou a venda de estatais brasileiras a "preço de banana" e enriqueceu políticos e empresários por meio de um esquema de pagamento de propinas. Segundo o autor, a venda de empresas como Vale, CSN, Light, Embraer e Usiminas, entre outras, foi antecedida por demissões, aumento de tarifas, investimentos e absorção das dívidas das companhias pelo Estado e concluída por meio do uso de moedas podres e intensa participação do BNDES no financiamento aos consórcios que as adquiriram.
Entre a primeira e a segunda etapas, Ribeiro Júnior tenta provar que houve um esquema de corrupção por meio do qual os tucanos montavam os consórcios vencedores dos leilões em troca de propina - no que chama de "propinização", ao invés de privatização.
O principal argumento que sustenta a tese do autor foi mantido em sigilo pelo Congresso desde 2003, quando foi instalada a CPI do Banestado. Segundo Amaury Ribeiro Júnior, a caixa de número 6 que abriga o material levantado pela CPI contém um documento, reproduzido no livro à página 137, que demonstra que o ex-tesoureiro de campanha de Fernando Henrique Cardoso (em 1994 e 1998) e de José Serra (em 1990 e 1994), Ricardo Sérgio de Oliveira, recebeu somas consideráveis nas contas bancárias de empresas das quais é sócio.
Após a eleição de Fernando Henrique Cardoso, Ricardo Sérgio, indicado por Serra, assumiu a área internacional do Banco do Brasil, posto por meio do qual teria articulado a participação dos fundos de pensão - como Previ e Petros - nas privatizações.
Além de Ricardo Sérgio, o documento, reproduzido por Ribeiro Júnior no livro, também cita Gregório Marin Preciado, casado com uma prima de primeiro grau de Serra. Preciado teria movimentado dinheiro por meio do Beacon Hill, escritório de lavagem de dinheiro que foi o principal receptor dos valores enviados ilegalmente para fora do país pelas contas CC5 do Banestado. O autor, no entanto, não consegue provar que o dinheiro que circulou nas contas dessas pessoas tem origem nas privatizações e tampouco que Serra teria se beneficiado desses valores. Procurada pelo Valor, a assessoria de imprensa de José Serra não se manifestou. O ex-governador de São Paulo classificou o livro como "lixo". A reportagem não encontrou Ricardo Sérgio em seu escritório. A assessoria do PSDB informou que o departamento jurídico do partido prepara uma ação judicial contra o livro.
"Não é um livro, é um documento", resumiu o deputado Protógenes Queiroz durante um debate sobre "A Privataria Tucana" promovido pelo Centro de Estudos Barão de Itararé, realizado no Sindicato dos Bancários de São Paulo.
A afirmação decorre do fato de o autor se dedicar a esmiuçar o modus operandi da lavagem de dinheiro a partir dos mais ruidosos escândalos brasileiros dos últimos tempos, como o desvio de verbas da construção do novo fórum trabalhista de São Paulo pelo juiz Nicolau dos Santos Neto; a Máfia dos Fiscais do Rio de Janeiro; o desvio de verbas do INSS promovido pela servidora Jorgina de Freitas, entre outros casos.
Em todos eles, as investigações culminaram em uma sequência de operações que incluiu o desvio de recursos públicos, seguido da evasão de divisas por meio de doleiros, da circulação do dinheiro em contas de bancos americanos e da abertura de offshores em paraísos fiscais. Sem a identificação dos seus beneficiários finais, protegidos pelo sigilo oferecido nesses países, as offshores promoviam investimentos no Brasil, reinserindo o dinheiro lavado na economia".  


domingo, 1 de janeiro de 2012

Como Vandré: "Para Não Dizer Que Não Falei das Flores"

"O Jornal Nacional faz plim-plim e milhões de brasileiros salivam no ato. A Folha de S.Paulo, o Estado de S. Paulo, o Jornal do Brasil, a Veja dizem alguma coisa e centenas de milhares de brasileiros abanam o rabo em sinal de assentimento e obediência."
Isto foi dito por Perseu Abramo pouco antes de morrer em 1996. A verdade é que a grande mídia me Pauta, pauta você e pauta geral...
Quando ouvimos uma besteira dita por uma pessoa simples num bar, ônibus ou metrô, logo comentamos:"É um desinformado, precisa pegar um jornal para ler".
Será? quem sabe os desinformados não sejamos nós por aceitar todos os lixos que querem nos enfiar e nos enfiam goela abaixo?
Quem inventou o Caçador de Marajás?
O que fizeram com o Caçador de Marajás quando deixou de ser "útil"?
Quem matou Getúlio?
Quem tentou não deixar Juscelino tomar posse?
Quem levou Jânio à Renuncia?
Quem derrubou Jango?
Se a sua resposta for a imprensa, não estará errado, é claro que a imprensa não pega em armas, mas instiga, faz fofoca, debilita, joga o povo contra tornando seu inimigo, o governo tão debilitado que pra cair, é só cair.
E a serviço de quem? quem sabe? É importante dizer, que a maioria de deputados e senadores está envolvido diretamente com algum tipo de mídia. Como a preguiça não me deixa livre para levantar dados, vai no chute mesmo, mas nada impede que o próprio leitor recorra ao google e pesquise. Adianto que só a família do intragável ACM Neto possue na Bahia quase ou mais de uma dezena de canais de TV, dezenas de rádios e vários jornais. Lembrem-se que ACMvô foi aquele político baiano que foi governador indireto pela Bahia, e que numa passeata em Salvador mandou que a PM soltasse os pastores alemães sobre Ulisses Guimarães e seguidores. 
ACM foi aquele que junto com José Arruda (governador de Brasilia pelo DEM, cassado devido ao Mensalão do DEM) fraudaram o placar do senado, e para não serem cassados pelo conselho de ética e perderem direitos políticos por 8 anos, renunciaram ao mandato. ACM acabou voltando como senador nas eleições seguintes, Arruda também voltou, mas como governador de Brasília.
Pobre povo manipulado do estado da Bahia que sem um político à altura de um Rui Barbosa, tem que se contentar com um ACMNeto, que graças à mídia irá se perpetuar no Senado.
Momentos de reflexão são necessários. O marco regulatório dos meios de comunicação está aí para ser discutido, o que se pede é que seja aplicada a constituição federal de 1988. Temos em Franklin Martins seu grande defensor. Segundo alguns, o que dificulta é o aparente medo que tem o Ministro Paulo Bernardo e a Presidenta Dilma da Rede Globo. 
Que entendam de uma vez por todas que o marco regulatório não vem para censurar, ele vem para democratizar a mídia. Enquanto a imprensa cria e divulga escândalos, sem fundamentos e provas, com isto conseguindo a demissão de vários ministros, se cala diante de um fenômeno editorial que é o livro "A PRIVATARIA TUCANA", repleto de documentos que comprovam a roubalheira no processo de privatizações.
Este é meu primeiro texto de 2012, tudo bem, podem achar que escrevendo sou fraquinho, mas o que importa é o conteúdo. 
Já que encerro falando de mim, digo que me sinto muito bem informado através de centenas de blogs e portais na internet, com certeza, nela estão os melhores jornalistas de todas convicções e matizes.
Já não ouço mais o "plim-plim".